O termo “gripe masculina” é uma brincadeira que sugere que homens com resfriados leves exageram seus sintomas. A imagem comum é a de um homem deitado no sofá com uma caixa de lenços, enquanto sua parceira, também resfriada, continua a trabalhar e cuidar das tarefas do dia a dia.
Mas será que a “gripe masculina” realmente existe? O termo pode se referir a várias infecções respiratórias, como resfriados, gripes e até casos mais leves de COVID-19.
Embora essas doenças sejam causadas por vírus diferentes, elas compartilham sintomas como dor de garganta, congestão e tosse.
Um artigo a respeito foi publicado no site The Conversation por Thea van de Mortel, professora da Escola de Enfermagem e Obstetrícia da Universidade Griffith, na Austrália.
Pesquisa explica a diferença da gripe em homens e mulheres
- Um estudo sobre rinossinusite aguda revelou que, embora homens e mulheres apresentem sintomas semelhantes no início, as mulheres tendem a se recuperar mais rapidamente.
- O trabalho sugere, portanto, que homens não exageram e ficam mais tempo com sintomas.
- Os motivos para essa diferença podem estar na biologia.
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A biologia por trás da “gripe masculina”
Pesquisas indicam que as mulheres, devido à sua composição genética e hormonal, geralmente têm uma resposta imunológica mais eficiente, produzindo anticorpos de forma mais eficaz.
Os cromossomos X, que as mulheres possuem em dobro, carregam genes importantes para a função imunológica, proporcionando uma vantagem nesse aspecto. O estrogênio também desempenha um papel em fortalecer a resposta do sistema imunológico.
Os homens certamente têm mais probabilidade de morrer de algumas doenças infecciosas, como a COVID. Mas o quadro é menos claro com outras infecções, como a gripe, onde a incidência e a mortalidade entre homens e mulheres variam amplamente entre países e subtipos e surtos específicos de gripe.
As taxas de infecção e os resultados em homens e mulheres também podem depender da forma como o vírus é transmitido, da idade da pessoa e de fatores sociais e comportamentais.
Por exemplo, as mulheres parecem ser mais propensas a praticar comportamentos de proteção, como lavar as mãos, usar máscaras ou evitar espaços internos lotados. As mulheres também são mais propensas a procurar atendimento médico quando estão doentes.
Thea van de Mortel, professora da Escola de Enfermagem e Obstetrícia da Universidade Griffith
Sem drama!
Então, sim! Os homens podem sentir um quadro viral de forma mais intensa do que as mulheres. O “resfriado” para a mulher pode ser a tal “gripe masculina”. Então, é bom deixar as brincadeiras de lado quando se sentir mal e procurar ajuda médica.
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