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outubro 23, 2024

Reino Unido quer usar IA para auxiliar médicos; saiba como

Um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados do Reino Unido (NICE na sigla em Inglês) aponta que o erro de diagnóstico mais comum nos centros de emergência do país são ossos quebrados ou trincados não detectados. De acordo com a entidade, a taxa de erro varia de 3% a 10%.

Isso não significa que os médicos britânicos sejam ruins ou desatentos. O Instituto explica que os profissionais costumam realizar milhares de exames de raio-x semanalmente. A carga de trabalho é extremamente alta e desgastante — e a taxa de ocupação está cada vez mais baixa.

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O Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) britânico, uma espécie de SUS deles, calcula que cerca de 15% dos hospitais do país precisam de mais radiologistas. Os jovens estão menos interessados nessa área — e todo mundo acaba sofrendo com a falta de formandos.

Uma solução discutida pelas autoridades é usar a inteligência artificial (IA) para suprir essa lacuna. A proposta do órgão federal ainda está sob análise. Uma consulta pública sobre o tema está disponível até 5 de novembro. Depois disso, o Reino Unido pode emitir recomendação oficial em favor dessa tecnologia nos hospitais.

Reino Unido sofre com falta de alguns profissionais de saúde, principalmente aqueles que trabalham com exames por imagem (Imagem: utah778/Istockphoto)

Ajuda bem-vinda

  • O diretor de tecnologia em saúde do NICE, Mark Chapman, é um dos principais defensores dessa iniciativa;
  • Em entrevista à BBC, ele disse que “essas tecnologias de IA são seguras de usar e podem detectar fraturas que os humanos podem não perceber, dada a pressão e as demandas sob as quais esses grupos profissionais trabalham”;
  • Chapman afirmou ainda que as ferramentas de IA também poderiam acelerar o diagnóstico;
  • O que seria extremamente importante, principalmente nos PSs (prontos-socorros), que têm, como característica, o fluxo grande de pacientes;
  • Indagado sobre eventuais erros da máquina, ele afirmou que IA não trabalhará sozinha: cada imagem será revisada por um profissional de saúde;
  • Ou seja, a entrada da tecnologia funcionaria como um filtro a mais;
  • Funcionaria como um assistente do médico ou do radiologista;
  • De acordo com a BBC, o NICE deve recomendar o uso de quatro ferramentas de IA num primeiro momento;
  • Os nomes delas, no entanto, não foram divulgados.
Ilustração sobre interação entre usuários e interfaces com inteligência artificial
Inteligência artificial tende, cada vez mais, a aparecer no trabalho e na rotina das pessoas (Imagem: LariBat/Shutterstock)

Você pode acessar o rascunho dessa orientação do Instituto Nacional de Excelência em Saúde e Cuidados do Reino Unido neste link aqui.

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