A poluição do ar, especialmente as partículas finas conhecidas como PM2.5, é um problema reconhecido não apenas pela sua ameaça à saúde respiratória, mas também por seu impacto na saúde cerebral.
Pesquisadores das universidades de Rostock (Alemanha), Bonn (Alemanha) e Luxemburgo (Luxemburgo) identificaram ligação entre a exposição ao PM2.5 e o comprometimento cognitivo, destacando a inflamação sistêmica como mediador crucial nesse processo.
Em estudo publicado na revista Alzheimer’s & Dementia, foram analisados dados de mais de 66 mil participantes ao longo de dez anos, revelando que a exposição ao PM2.5 está associada ao declínio no tempo de processamento cognitivo.
Este efeito foi mediado por aumento na contagem de monócitos, tipo de glóbulo branco, sugerindo que a inflamação sistêmica desencadeada pela poluição do ar pode prejudicar a função cognitiva.
Mais estudos sobre o tema serão necessários
- O estudo destaca ainda que, embora o PM2.5 possa afetar diretamente o cérebro ao cruzar a barreira hematoencefálica, a inflamação sistêmica resultante da exposição pode ter papel significativo na deterioração das funções cognitivas;
- Os pesquisadores ressaltam a necessidade urgente de mais estudos para desvendar os mecanismos subjacentes a essa relação, considerando especialmente o aumento da urbanização e o envelhecimento da população;
- Eles afirmam que esses fatores tornam a poluição do ar preocupação crescente para a saúde cerebral.
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Identificar os poluentes e os mecanismos envolvidos pode fornecer informações valiosas para políticas de saúde pública que visem mitigar os riscos associados à exposição a longo prazo ao PM2.5, ajudando, assim, a preservar a saúde cognitiva da população.
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